Um estudo da associação de defesa dos consumidores Deco a 25 marcas de azeite revelou que cinco delas não correspondiam ao que estava descrito no rótulo. Uma das que não estava conforme a denominação do rótulo é a "Auchan" (DOP Moura) que, comercializada enquanto "azeite virgem extra" deveria segundo conclusões da Deco, ser vendida como apenas "azeite virgem". Enquanto a acidez de um azeite virgem extra deverá apresentar um máximo de 0,8 por cento, num azeite virgem a acidez pode chegar aos 1,5 por cento.
Dado tratar-se de um azeite com Denominação de Origem Protegida, a Voz da Planície contactou a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos que produz e embala o azeite. E Francisco Gil, representante da Cooperativa explicou o que poderá estar em causa neste processo, sendo que há um controlo de qualidade que começa na recepção da azeitona até às análises químicas e organoléticas feitas ao azeite depois de embalado.
Ao adiantar que o azeite é muito sensível às questões ambientais, basta que uma garrafa esteja algum tempo exposta ao calor para alterar as suas propriedades, Francisco Gil disse ainda que as provas sensoriais nem sempre são suficientemente objectivas. Muitas vezes dependem de quem as faz e das circunstâncias em que são feitas.
Embora considerando que o resultado obtido pela Deco possa ter sido influenciado por questões externas à Cooperativa de Moura e Barrancos, Francisco Gil disse que este tipo de notícias afecta sempre a imagem de uma casa que prima pela qualidade reconhecida por vários prémios já arrecadados.
A Deco adianta que os casos de fraude e de desrespeito da denominação de venda do rótulo foram denunciados à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) para agir em conformidade.
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