Depois de ter obtido “luz verde” do Tribunal de Contas, no fim do mês passado, vão avançar durante o próximo ano e meio, as obras de requalificação do Mercado Municipal de Beja, um projeto há muito ambicionado pela autarquia bejense, que pretende tornar este espaço numa referência comercial do concelho.
Nesse sentido, sábado, dia 13, é o último dia em que o Mercado Municipal funcionará nas instalações perto do Jardim Público, passando, no dia 15, para o Largo de Santo Amaro.
A solução encontrada pela Câmara de Beja não agrada, em particular, a Conceição Pimentão, vendedora de peixe há mais de 40 anos, atividade que desenvolve com o marido.
Em declarações à Voz da Planície, Conceição Pimentão diz estar descontente com esta mudança, frisando que o espaço disponibilizado pela autarquia não tem condições, nomeadamente, para os comerciantes de peixe.
Conceição Pimentão frisou que para conseguir ter um “lugar” com melhores condições – e ao qual diz ter direito, por ter “as contas em dia” - que a solução, passa pela compra, por parte da autarquia, de outro contentor.
A Voz da Planície ouviu o presidente da Câmara Municipal de Beja sobre esta matéria e Paulo Arsénio esclareceu que “no que toca à peixaria, as condições do mercado não são para já as ideais e as indicadas”. O autarca afirmou que a solução que o município tem não é adequada, contudo, “isso não significa que no futuro a autarquia não continue à procura de uma solução melhor”.
Paulo Arsénio frisou estar ciente do descontentamento dos vendedores, realçando que a situação é particularmente delicada e difícil e referindo que é preciso que os operadores estejam do “lado da solução e não do problema”.
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