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Terras sem Sombra 2017 está neste fim-de-semana em Ferreira

Terras sem Sombra 2017 está neste fim-de-semana em Ferreira


O diálogo Ibérico é aprofundado hoje, em Ferreira do Alentejo, às 21h30, na igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, conhecida pelas tradições musicais e pela excelente acústica.

Neste espaço, e no âmbito da programação do Terras sem Sombra 2017, sobem ao palco dois intérpretes que suscitam enormes aplausos do público e da crítica: a mezzosoprano extremenha Elena Gragera e o pianista catalão Antón Cardo.

concerto Um Espaço Comum: Aspectos da Tradição Lírica em Portugal e Espanha centra-se nesta herança poético-musical tal como ela foi descoberta (e, de certo modo, reinventada) por grandes compositores dos sécs. XIX e XX, a partir de textos medievais e renascentistas - dos cancioneiros galaico-portugueses a Gil Vicente, Luís de Camões e Sá de Miranda.

A tarde deste sábado é consagrada a uma visita ao centro de Ferreira, com início na matriz, às 14h30, sob a orientação do historiador de arte José António Falcão. O percurso tem como principais alvos, depois dessa igreja, a capela do Calvário, de forma circular, que corresponde a uma velha tradição alentejana; a ermida de Nossa Senhora da Conceição, ligada à devoção de um natural da terra que acompanhou Vasco da Gama à Índia; e o Museu de Arte Sacra, na antiga igreja da Misericórdia. Ao longo do périplo, concebido em parceria com o Museu Municipal, serão igualmente observados outros aspetos do património local, com destaque para a arquitetura civil, o urbanismo e as indústrias tradicionais.

Na manhã de domingo, 28, realiza-se uma ação de salvaguarda de biodiversidade que levará os voluntários do Terras sem Sombra ao Sado, um rio ilustre, mas ainda desconhecido, cuja presença na opinião pública anda sobretudo ligada à reserva natural do seu estuário. Porém, existe um "outro" rio, ainda cheio de segredos: um rio continental, afastado da influência marinha, mas que possui enorme valor ambiental e constitui um forte elemento identitário para as populações vizinhas.

Ao longo de um percurso de 180 km, desde que nasce na Serra da Vigia, em Ourique, a 230 m de altitude, até ao estuário, junto à cidade de Setúbal, o Sado sofre várias agressões, causadas não só pelas barragens, mas também pelos rejeitados de minas, pela agricultura intensiva, pelos efluentes urbanos e pelos areeiros, entre outros fatores. Torna-se necessário, por isso, valorizar o seu conhecimento e sensibilizar para a sua preservação.

De entrada livre, o Festival Terras sem Sombra prolonga-se até  2 de Julho e segue para Sines e Beja. Um hino ao Alentejo: à beleza dos seus espaços naturais e ao prazer da descoberta dos tesouros artísticos e paisagísticos.


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