A FENAREG lembra que “após quatro anos consecutivos de precipitação inferior à média, as reservas de água situam-se agora nos 36%”, segundo regista o boletim das albufeiras da Autoridade Nacional de Regadio.
Isto significa para a FENAREG que mais de 50% das áreas irrigáveis não vão poder ser regadas em 2018, que os agricultores são os primeiros a ser afetados pela secae que terão que adaptar as culturas e as áreas cultivadas à água disponível. Acrescenta que redução de colheitas e menores rentabilidades são efeitos da seca prolongada e que acabam transferidos à indústria agroalimentar e à economia rural.
Para a FENAREG a seca vai provocar em 2018, um prejuízo direto estimado de mais de 1,1 mil milhões de euros no saldo da balança comercial e por tudo isto pede “urgentes medidas compensatórias aos agricultores pelo agrupamento de custos com a rega.”
A FENAREG recorda que apresentou ao Ministério da Agricultura, em novembro passado, uma proposta de medidas compensatórias aos agricultores pelo agravamento de custos com a rega, com vista a ajudá-los a minimizar os efeitos da “pior seca dos últimos 20 anos”.
Para a FENAREG o Programa Nacional de Regadios, cujo arranque foi assinalado pelo ministro da Agricultura no passado dia 2, é “mais um progresso na adaptação às alterações climáticas” e refere, igualmente, que “como aposta na competitividade da agricultura, também a PAC pós 2020 deve assegurar a continuidade dos investimentos em regadio para melhor resiliência aos períodos de seca.”
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