A provar as suas afirmações, a DORBE PCP frisa que “os resultados do concurso do Programa de Apoio Sustentado, na modalidade Bienal (2020-2021), promovidos pela Direção Geral das Artes (dgARTES), onde dezenas de candidaturas, no Teatro, nas Artes Visuais, no Circo Contemporâneo e Artes de rua, na Música, na Dança, no Cruzamento Disciplinar e na Programação” podem “ficar de fora dos apoios públicos” revelam “o que é uma situação inaceitável.”
A preocupação é acrescida, frisa o comunicado, “com o facto de a região Alentejo ser a única que sofre uma quebra nos apoios, com um corte de 8% face ao anterior concurso. Claramente, estamos perante um problema de discriminação artística do Alentejo, bem como uma tentativa de aniquilar e destruir o tecido criativo e cultural de toda a região.” As declarações são de João Dias, da DORBE do PCP, que frisa que esta foi a única região do país a sofrer cortes.
A DORBE do PCP reuniu-se com “agentes culturais, com o objetivo de analisar a situação em que se encontram as diversas entidades culturais e artísticas, não só no que respeita aos apoios financeiros, mas principalmente quanto a muitas outras dificuldades por que passam”. Nestes encontros, diz, também, o PCP, foram “manifestadas preocupações no que diz respeito à ausência de uma verdadeira política para a cultura, uma vez que sucessivamente os governos têm optado por uma política de direita, levando ao esvaziamento da diversidade e destruição do tecido cultural. Defendeu-se o combate à precariedade legitimada pelo próprio Governo; o aumento do apoio publico às artes pela introdução de uma vertente não concursal; a necessidade de reforçar o acompanhamento dos projetos apoiados, projetos esses que deverão ser desburocratizados e simplificados.”
“A criação artística livre é a condição fundamental para garantir o acesso de todos à cultura”, frisa, ainda, a DORBE do PCP.
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